Não no sentido de trabalhar, mas sim no sentido de viver…
Olhei-me ao espelho e pensei: “ preciso de dar um jeito ao cabelo e arranjar as sobrancelhas”, mas não me apeteceu. Todos os dias antes de sair de casa, dou um brilhozinho ao meu rosto, faço um risco preto nos olhos e ponho o meu rímel. Mas nem isso quis fazer…
Senti-me vazia, apática, só…
Saí então de casa, olhei para o relógio, ainda era cedo, muito cedo.
Estava frio, sentia-me gelada, como se em mim me estivessem a cravar um fino punhal pelo peito. O autocarro demorava… O das 6h35 não aparecera, não aguentei mais, fui a pé, tentei aquecer, mas o vento que batia na minha face parecia que cortava como os espinhos de uma rosa.
Parecia que estava na neve, o frio gélido, mas lá fui, fiz o meu caminho, sozinha… a pensar na vida… pensar quando te poderei ter nos meus braços e poder-te abraçar…
Cada um faz a sua sorte, mas as vezes pergunto-me será que fiz a minha?
A vida nem sempre é um mar de rosas, todos nós sabemos disso, mas creio que há alturas em que e a vida é injusta. Mas o que se pode fazer? Rigorosamente nada!
A vida é um tempestade, mas temos de aprender, que a seguir à tempestade vem a bonança..
Quando dei por mim já tinha chegado ao meu destino, ao café onde vou todas as manhãs e pensado em tudo isto.
A vida nem sempre é um mar de rosas, todos nós sabemos disso, mas creio que há alturas em que e a vida é injusta. Mas o que se pode fazer? Rigorosamente nada!
A vida é um tempestade, mas temos de aprender, que a seguir à tempestade vem a bonança..
Quando dei por mim já tinha chegado ao meu destino, ao café onde vou todas as manhãs e pensado em tudo isto.
Entrei, a empregada como todos os dias, sorridente pergunta “Menina, é o cafezinho curto?”, e eu ao qual amavelmente sorri e respondi “Hoje não, pode ser antes um carioca de limão”. Precisava de aquecer, aquecer-me do frio da manhã e tentar aquecer o meu coração.
De repente chegaram as minhas colegas e amigas e de certa forma apercebi-me de que não estava só.
Não tão só como eu imaginava, mas no fundo ainda sinto o vazio da tua partida e sem te poder dizer adeus.
1 comentário:
Todos os dias de manhã sinto que a rotina me assola, apanho o mesmo autocarro na mesma paragem, vejo as mesmas pessoas, o mesmo café, o mesmo prédio azul e branco daquela rua antiga Lisboa. Sei que cansa e muito, desgasta mesmo, mas no final chegas e vês o mesmo sorriso, ouver o mesmo " bom dia" e pensas que deve haver uma razão algures para isto tudo. Um beijo.*
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