terça-feira, 1 de setembro de 2009

Janela

No fundo somos todos incertos, inseguros e melancólicos.

Num misto de tristeza que por certo percorre todo o nosso corpo.

No fundo acho que já não sei quem sou

Pergunto-me muitas vezes pelo mito da felicidade e do bem-estar

Sei que no fundo nada disto faz sentido, mas onde estou?

Onde me encontro?

Estou perdida num mundo sem fim, rodeada de dor e tristeza

Quando subitamente me pergunto… será tudo um sonho?

Será que o céu é mesmo azul?

Se a relva é mesmo verde e se o meu sangue é mesmo vermelho?

Um pouco confuso confesso, mas será que no fundo não temos todos nós a nossas dúvidas?

O que seria de todos nós, sem a fraternidade, sem o amor, sem a ternura com que todos os dias acordamos e abrimos a janela e vimos o sol brilhar num imenso e infinito céu

Ou à noite antes de deitar olhamos para as estrelas e a lua.

Será que ao abrirmos todos os dias a janela do quarto, abrimos também a janela da nossa vida?

E se o que vemos não é o que queremos?

Será que continuamos a abrir essa janela diariamente?

Ou simplesmente nos “fechamos”, no quente dos lençóis?

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