No fundo somos todos incertos, inseguros e melancólicos.
Num misto de tristeza que por certo percorre todo o nosso corpo.
No fundo acho que já não sei quem sou
Pergunto-me muitas vezes pelo mito da felicidade e do bem-estar
Sei que no fundo nada disto faz sentido, mas onde estou?
Onde me encontro?
Estou perdida num mundo sem fim, rodeada de dor e tristeza
Quando subitamente me pergunto… será tudo um sonho?
Será que o céu é mesmo azul?
Se a relva é mesmo verde e se o meu sangue é mesmo vermelho?
Um pouco confuso confesso, mas será que no fundo não temos todos nós a nossas dúvidas?
O que seria de todos nós, sem a fraternidade, sem o amor, sem a ternura com que todos os dias acordamos e abrimos a janela e vimos o sol brilhar num imenso e infinito céu
Ou à noite antes de deitar olhamos para as estrelas e a lua.
Será que ao abrirmos todos os dias a janela do quarto, abrimos também a janela da nossa vida?
E se o que vemos não é o que queremos?
Será que continuamos a abrir essa janela diariamente?
Ou simplesmente nos “fechamos”, no quente dos lençóis?
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